sábado, 26 de outubro de 2013

Lorde

Lorde, ou Ella Yealich-O'Connor, é uma cantora neozelandesa que apareceu pela primeira vez em 2012. Nos últimos tempos com o lançamento do primeiro álbum e do primeiro EP ela ficou mais famosa. O estilo que ela canta é algo que eu denomino um "non-stop atmospheric", mesmo que a classificação padrão seja indie/pop/electronic não me parece nada disso porque as músicas dela criam ambientes e você mergulha tanto neles que não consegue sair. Também vale o reconhecimento de que as letras são inteligentes e o instrumental variado. As faixas do primeiro álbum dela, Pure Heroine, são: 01. Tennis Court; 02. 400 Lux; 03. Royals 04. Ribs; 05. Buzzcut Season; 06. Team; 07. Glory and gore; 08. Still sane; 09. White teeth teens; 10. A world alone. Minhas faixas favoritas são: todas. Um trabalho musical na linha de The xx e Lana del Rey com algo novo. Confiram um clipe, Royals.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Além do bem e do mal - Nietzsche

Além do bem e do mal é um livro de Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, de 1886, que abrange o início do amadurecimento da filosofia de Nietzsche. Por ser uma filosofia entre e além do bem e do mal, literalmente, ela deve abranger nuances que ninguém pára normalmente para pensar e ampliar o espectro das perspectivas. Estas não são só "formas diferentes de ver algo", porque assim é fácil, na verdade as perspectivas nietzscheanas são destrutivas - ir até a validade final de uma ideia ou conceito, no que é possível fazer isso com as palavras, de forma que você veja que convicções, ideologias e outros vícios do pensamento são irrefletidos. Deste livro saem críticas à moral, à religião, ao homem nobre; enraízam-se o existencialismo, a filosofia analítica e até mesmo um primórdio psicanalítico de pensamento. Um ode ao livro mais abrangente desde Aurora: "O santa simplicitas! - Em que curiosa simplificação e falsificação vive o homem! Impossível se maravilhar o bastante, quando se abrem os olhos para esse prodígio! Como tornamos tudo claro, livre, leve e simples à nossa volta! Como soubemos dar a nossos sentidos um passe livre para tudo que é superficial, e a nosso pensamento um divino desejo de saltos caprichosos e pseudoconclusões! - como conseguimos desde o princípio manter nossa ignorância, para gozar de uma quase inconcebível liberdade, imprevidência, despreocupação, impetuosidade, jovialidade na vida, para gozar a vida! E foi apenas sobre essa base de ignorância, agora firme e granítica, que a ciência pôde assentar até o momento, a vontade de saber sobre a base de uma vontade bem mais forte, a vontade de não-saber, de incerteza, de inverdade! Não como seu oposto, mas como - seu refinamento! Pois embora a linguagem, nisso e em outras coisas, não possa ir além de sua rudeza e continue a falar em oposições, onde há somente degraus e uma sutil gama de gradações; embora a arraigada tartufice da moral, que agora pertence de modo insuperável a 'nossa carne e nosso sangue', chegue a nos distorcer as palavras na boca, a nós, homens de saber: de quando em quando nos apercebemos, e rimos, de como justamente a melhor ciência procura nos prender do melhor modo a esse mundo simplificado, completamente artificial, fabricado, falsificado, e de como, involuntariamente ou não, ela ama o erro, porque, viva, ama a vida!" - Friedrich Nietzsche.

sábado, 19 de outubro de 2013

Batom Dark Berry

A gente procura um MAC da vida pra satisfazer as vontades porque acredita que já ao pronunciar esse nome todos os problemas são resolvidos. Ao MAC se estendem muitas outras exigências dessa nossa vida material. O que eu quero dizer é que o tamanho da marca e o quanto as pessoas falam dela não significa grande coisa uma vez que você não sabe se a marca progressivamente chegou ao alarde ou se o alarde sistematicamente criou a marca - ou nenhum dos dois, o que é caso pra outra discussão, em outro dia. Isso porque eu quis um batom escuro por muito tempo, mas segurei pra comprar da MAC lá no Duty Free e quando o encontrei ele não era grande coisa: 1) não tinha a cor e 2) a qualidade não é tão alta como dizem, é um batom normal. Foi recentemente que eu lembrei que tenho um Nude muito confortável (cremoso, durável, não seca nem desintegra na boca etc) da Yes! Cosmetics e fui procurar o tal batom escuro. Encontrei.
Tudo é agradável no Dark Berry e ele custa somente 20 reais. Eu não vou dizer afinal de contas que ODIEI a MAC, não é verdade, é uma marca boa se comparada com muitas outras. O que eu vou dizer é que os batons são normais e não condizem com os preços, todo o excedente de preço é a marca que você paga e, sinceramente, a Yes! Cosmetics humilha a MAC em batons, e é uma marca nacional.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Six Feet Under

Já ouviram falar dessa série? Eu nunca tinha ouvido falar, até que quando terminei Desperate Housewives - fim de uma verdadeira obra de arte - fui procurar recomendações que fossem similares à Desperate e encontrei essa série. É uma série de 2001, com 5 temporadas, sobre uma casa funerária independente, de relação familiar. Já de início o dono da funerária morre em um acidente e seus dois filhos tem que assumir o controle do negócio. Se for ver, essa série se aproxima de Desperate no contexto humano, pois procura delinear as relações sociais e permite que as personagens cresçam. Eu acredito que Six Feet Under vá até além de Desperate no desenvolvimento das pessoas: as situações são mais reais, mais trágicas do que cômicas, e cada um encontra uma forma plausível de lidar com isso. Achei genial como a Ruth (mãe), o David (um dos filhos), o Nate (o outro filho), a Claire (a filha) e mesmo as personagens secundárias tiveram conflitos gigantescos e como lidaram humanamente com eles seja com drogas, sexo, sonhos psicodélicos, auto-negação, dependência ou o que quer que fosse. As personagens de Six Feet Under sofrem, vivem, tem diálogos e medos que soam próximos do nosso dia-a-dia: são humanas. Até a terceira temporada essa série não tinha me convencido direito, mas acredito que ela foi pensada para engrandecer e o gran finale da quarta e quinta temporadas são também a maturidade e devoção da série.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Esmaltes - Parte II

A última vez que falei de esmaltes e comprei uma leva agradável deles faz mais de um ano, tinha postado no blog aqui. Esmalte pode parecer excessivo quando você tem mais de 10 por exemplo, mas não é tão porque eles secam rápido ou duram menos do que o esperado. Em julho de 2012 eu resolvi montar uma coleção razoável, sair dos 3 que tinha mantido por anos, e pular pra uns 30, como viram na foto. Agora em setembro de 2013 eu resolvi fazer o mesmo, uma vez que metade dos antigos venceu, acabou ou secou. Os novos são esses:
Como vocês podem ver eu saí um pouco da Impala e da Risqué, ampliando as marcas também pra Mohda, Hits, Lorrac, que são marcas boas. Ainda não fiz aplicações pra postar porque estou usando os antigos que venceram em Agosto/Setembro/Outubro. É, eu faço isso antes de jogar fora pelo menos. Provavelmente antes de dezembro eu posto alguma atualização de como essas cores ficaram. ;)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Recomendações de outubro

Oi! Todo mês procuro bandas novas ou atualizações das que eu já conheço e o mês de outubro eu acho que tá bem caprichado, por isso vou compartilhar com vocês.
Subway to Sally é uma banda alemã que já deve ter uns 6/7 álbuns e eu gosto de todos eles. Esse lançamento se chama "Schwarz in Schwarz" e é de 2011. O estilo é "folk metal" ou "medieval", os instrumentos são bem variados e o vocalista também muda bastante, assim eles canções profundas ou canções mais comerciais de todos os agrados. Apesar desse ser o álbum do mês, pra mim o melhor de Subway to Sally se chama "Hochzeit". Agora, vejamos as faixas de 'Schwarz in Schwarz": 01. Das Schwarze Meer; 02. Schlagt die Glocken; 03. Kämpfen Wir!; 04. Bis In Alle Ewigkeit; 05. Nichts Ist Für Immer; 06. Ins Dunkel; 07. Wo Rosen Blüh'n; 08. Tausend Meilen; 09. Mir Allein; 10. Am Ende des Wegs; 11. MMXII; 12. Alles oder nichts. Veja um vídeo!
Vienna Teng vem do Taiwan, escreve e compõe suas músicas e também é pianista. O estilo dela difere bastante do estilo de Subway to Sally, pois é mais voltado para o pop/indie. Ela costumava fazer álbuns mais centrados no piano, agora o novo, de 2013, fugiu demasiado do padrão, indo mais pro lado eletrônico/agitado. Eu ainda não me acostumei, mas não achei ruim também. São 11 faixas: 01. Level up; 02. In the 99; 03. Landsailor; 04. Close to home; 05. The Hymn of Acxiom; 06. Oh Mama No; 07. Copenhagen (Let me go); 08. Flyweight Love; 09. The Breaking Light; 10. Never Look Away; 11. Goodnight New York. Confira uma música do álbum clicando aqui.
Katie Melua é irlandesa, segue mais ou menos a linha de Vienna, mas suas canções são mais voltadas pro pop, combinadas com algo do blues e do jazz. O álbum de 2013 se chama "Ketevan" que é o primeiro nome da cantora. Acredito que nesse último álbum a Katie alcançou a perfeição do próprio estilo, no quesito instrumental. O álbum anterior, "The house" era mais simples estruturalmente e mais gostoso, animado, mas acredito preferir a profundidade de "Ketevan". As músicas são: 01. Never felt less like dancing; 02. Sailing ships from heaven; 03. Love is a silent thief; 04. Shiver and shake; 05. The love I'm frightened of; 06. Where does the ocean go?; 07. Idiot school; 08. Mad, mad men; 09. Chase me; 10. I never fall; 11. I will be there. Essa última faixa é uma verdadeira obra-prima, confiram aqui.
A Anneke van Giersbergen, holandesa, fez uma longa trajetória até hoje, já fez carreira em banda de metal, já fez carreira de rock com o nome "Agua de Annique", já cantou covers e outras músicas lentas com Danny Cavanagh, só agora em 2012 e 2013 ela finalmente achou o estilo que combina mais com a sua voz e com o seu ser. Um rock alternativo e atmosférico que só ela e a voz dela produzem. As faixas do álbum são: 01. We live on; 02. Treat me like a lady; 03. She; 04. Drive; 05. My mother said; 06. Forgive me; 07. You will never change; 08. Mental jungle; 09. Shooting for the stars; 10. The best is yet to come. Vejam um exemplo aqui.
Hans Zimmer é o melhor compositor da atualidade, em minha opinião. De origem alemã, ele já compôs trilhas sonoras inesquecíveis para o cinema americano como Gladiador, O rei leão, A origem, O último samurai, O cavaleiros das trevas, O homem de aço, entre outras. Agora ele lançou a trilha sonora de Rush, filme sobre fórmula 1. Essa trilha é mais agitada, segue um pouco o traço de A origem e todas as partes mais intensas emocionalmente, diferem de A origem, porque foram deixadas em segundo plano, provavelmente porque o foco do filme é em corridas e emoções práticas, tais sons não combinariam com as cenas, mas, é importante ressaltar, que ele não deixou de lado. São 19 faixas: 01. 1976; 02. I could show you if you'd like; 03. Stopwatch; 04. Into the red; 05. Budgie; 06. Scuderia; 07. Oysters in the pit; 08. 20%; 09. Watkins Glen; 10. Loose Canon; 11. Car Trouble; 12. Glück; 13. Nürburgring; 14. Inferno; 15. Mount Fuji; 16. For love; 17. Reign; 18. Lost but Won; 19. My best enemy. Recomendação no Youtube.
Por fim, a banda The Pretty Reckless, de Nova Iorque. O seu estilo é o velho e bom rock. Essa banda não lançou nenhum álbum novo, é um som que eu conhecia faz algum tempo, mais ou menos do lançamento do álbum em 2011, mas nunca dei muita atenção até agora. No fim de setembro resolvi baixar e me apaixonei pelo álbum como um todo, um som muito forte e característico que deixa muito de "quero mais". 10 faixas: 01. My medicine; 02. Since you're gone; 03. Make me wanna die; 04. Light me up; 05. Just tonight; 06. Miss nothing; 07. Goin' down; 08. Nothing left to lose; 09. Factory Girl; 10. You. Assistam o clipe oficial de "Make me wanna die"!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

3096 Tage

Como seria ser sequestrada quando ainda criança inocentemente andando na rua? Como seria depender totalmente de uma pessoa que você não conhece para sobreviver? Como deve ter sido ficar presa em um ambiente minúsculo, com pouco ar e pouco o que fazer, por 8 anos? Crescer com a paisagem de quatro paredes, uma privada e uma pia é o que a austríaca Natascha Kampusch passou e vem nos contar também através desse filme: 3096 Tage.
Natascha tinha 10 anos quando se aventurou a ir para a escola pela primeira vez a pé. No caminho, um desconhecido a raptou, colocando-a em sua van. Wolfgang Přiklopil é o nome do raptor que manteve Natascha presa por mais de 8 anos em cativeiro, causando a ela deficiências físicas, abusos sexuais e psicológicos que a marcaram pelo resto da vida.
Apesar de ter conseguido escapar aos 18 anos, Natascha se sentiu na obrigação de escrever uma autobiografia, a qual serviu como impulso pro lançamento do filme, de um documentário e também de um talk show. A garota passou fome, era algemada, era obrigada a raspar a cabeça; por muitos anos nem pôde tomar banho.
Eu sempre recomendo filmes com temáticas mais pesadas porque acredito impossível assistir isso e não mudar por dentro e, pra mim, o conceito de filme pra entretenimento perde muito da riqueza que poderia ser trabalhada de forma mais significativa. Esse filme é significativo. Não vai te deixar exatamente feliz porque tudo que você ver na tela vai ser entoado com um sussurro de "e o pior, é que aconteceu de verdade", mas vai te transformar.