terça-feira, 24 de março de 2015

O Mordomo da Casa Branca

Oi! Esse é um dos filmes mais sensíveis que vi nos últimos tempos e também de uma das temáticas mais importantes que vêm sendo cada vez mais trabalhadas. Vou falar primeiramente do que o filme se trata e depois apontar minhas críticas. "1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados. Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos recebidos pelos negros nos Estados Unidos." - fonte. A história é inspirada em fatos reais e, sim, o elenco é de peso.
A fotografia é exemplar e a direção também. Não vi muito destaque na trilha sonora. Agora, a parte negativa: acredito que esse filme ainda prenda muito da perspectiva branca, por mais que seja uma tentativa de mostrar as "injustiças" raciais dos EUA naquela época (SUPER recente). Explico. Embora mostre a luta do militante Louis (e de muitos outros) e a importância da mesma, não acredito que o enfoque seja de que "essa luta de fato mudou os espaços e os tratamentos dos negros - de forma bem lenta e conservadora - nos EUA", mas sim, uma graça dada pela benevolência dos presidentes que foram tocados pelos serviços de seus mordomos dentro da Casa Branca e também pela violência que era mostrada na televisão por meio dos protestos e confrontos.
É um excelente filme pra sentir a indiferença e entender o processo histórico dessa luta que foi e continua sendo presente, mas deve ser visto tendo em mente que a perspectiva de dentro da Casa Branca é levada mais em consideração do que fora, na luta mesmo. O filme também fala superficialmente da gestão Reagan, muito importante durante o apartheid na África do Sul. Em vista dos pontos destacados, o filme continua sendo sensível e um dos melhores do tema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário