sábado, 19 de julho de 2014

Orange is the New Black

Dia de falar da série que está estourando no momento: Orange is the New Black! Resolvi assistir por dois motivos: estar fazendo tanto sucesso e ser uma prisão feminina. Temos a ideia distorcida de que as mulheres são incapazes de cometer crimes porque são mais 'puras' e 'sentimentais', mas esquecemos que, mesmo em escala menor, mulheres cometem crimes e as prisões femininas são tão esquemáticas no sentido de sobrevivência quanto as masculinas. Só não podemos perder de foco que ainda estamos falando de uma série de televisão, apresentada pela Netflix, que romantiza e humaniza as questões morais na série e, embora muitas críticas sejam pertinentes e tenhamos homens e mulheres acusados por miles anos por crimes pequenos enquanto outros compram sua saída em meses, ainda temos pessoas perigosas para a "comunidade" na realidade. Vamos à série: "O passado de Piper Chapman bate à porta. Ela é detida e condenada a cumprir pena numa penitenciária federal. Para pagar por seus crimes, Piper troca uma vida confortável em Nova York pela prisão, onde encontra tensão e companheirismo num grupo de detentas desbocadas", Fonte. Pontos positivos: 1) o que eu mais tenho gostado da série, agora que estou indo pra segunda temporada, são as atrizes e o QUÃO ÓTIMAS elas são. Sem exceção, todas as atrizes são excelentes em interpretação e suas personagens são muito carismáticas, é o ponto mais forte da série; 2) trilha sonora combina com o humor da trama; 3) fotografia boa; 4) temáticas razoáveis; 5) ritmo energizante. Pontos negativos: 1) apesar de ter dito que as atrizes são excelentes sem exceção, ainda acho que a Taylor Schilling (Piper Chapman) e a Laura Prepon (Alex Vause) ficam um pouco pra trás se comparar com as demais, e no início eu nem gostava da Taylor; 2) sexualização romantizada do lesbianismo. Vou explicar: a postura da série me parece um pouco heterossexual demais nesse sentido. Todos os casais de lésbicas, mas principalmente o central, não são "somente interpretados" com sexo ou com pessoas que se gostam, são colocados naquela história do pornô lésbico masculino. Com strip, closes e poses sexy pra qualquer marmanjo ficar babando. Penso que isso tenha sido colocado de propósito pra chamar também o público masculino pra série e não curti a abordagem (apelativa - que acaba fazendo desserviço também). É isso. A série tem duas temporadas de 13 episódios com cerca de 50 minutos cada e não promete parar por aí.

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