sábado, 8 de março de 2014

O evangelho segundo Jesus Cristo

José Saramago, português, nascido em 1922 e falecido em 2010, autor de grandes obras como Ensaio sobre a cegueira e O evangelho segundo Jesus Cristo. Seguro nas mãos pela primeira vez um livro dele e, devo dizer que, já me interesso pelos demais em grandes proporções. O evangelho segundo Jesus Cristo é uma obra de 1991 que segue os acontecimentos bíblicos, na maior parte, mas não deixa de lado o aspecto humano de Jesus, como sua relação com Maria Madalena e certas críticas da Bíblia condescendentes com a época em que José, Maria, Jesus e Maria Madalena viviam. O livro traz, evidentemente, uma nova interpretação que quebra em muito com a moral cristã e incomodou muita gente. Também, por outro lado, maravilhou muitas pessoas que viram um Jesus mais próximo delas próprias e, portanto, mais razoável de ter existido e sido assim, humano. Tenho gostado do livro por explicar os acontecimentos bíblicos de uma forma mais simples de ser entendida e principalmente pela consciência crítica que ele carrega. Deixo a minha missão de instigar: "Aqui é o Pátio das Mulheres, à esquerda está o armazém do azeite e do vinho usados na liturgia, à direita a câmara dos nazireus, que são uns sacerdotes que não pertencem à tribu de Levi e a quem se proíbe cortar o cabelo, beber vinho ou aproximar-se de um cadáver. Em frente, do outro lado, ladeando a porta fronteira a esta, e também à esquerda e à direita, respectivamente, a câmara onde os leprosos que se crêem curados esperam que os sacerdotes vão observá-los e o armazém onde se guarda a lenha, todos os dias inspeccionada porque ao fogo do altar não podem ser levadas madeiras apodrecidas ou bichosas. Maria já não tem muitos mais passados que dar. Ainda subirá os quinze degraus semicirculares que levam à porta de Nicanor, também Preciosa chamada, mas aí se deterá, porque às mulheres não é permitido entrar no Pátio dos Israelitas, para onde dá a porta".

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